ABSTRACT
Foram estudados, retrospectivamente, 1.054 prontuários de pacientes com 1.054 fraturas do fêmur proximal (fraturas do colo do fêmur, transtrocanterianas e subtrocanterianas), tratadas no Hospital Escola da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro (HE-FMTM/Uberaba, MG), de janeiro de 1985 a março de 2000. Os seguintes atributos foram analisados e comparados com a literatura pertinente: idade, sexo, estado civil, cor, profissäo, procedência, mecanismo do trauma, diagnóstico, lado acometido, doenças associadas, tratamento e tempo de internaçäo. Os resultados revelaram concordância com a literatura, havendo predomínio de fraturas em pacientes do sexo feminino, com idade média de 68 anos e cinco meses, causadas por trauma mínimo, sendo raras em negros. As fraturas transtrocanterianas foram mais comuns, seguidas pelo colo do fêmur e subtrocanterianas, näo existindo predominância em relaçäo ao lado acometido. O tempo médio de internaçäo foi de 10 dias. A maioria dos pacientes era casada e procedente do mesmo município. As doenças associadas principais foram: déficits visuais, osteoporose e hipertensäo arterial. O tratamento na maioria foi a osteossíntese. Concluiu-se que, para diminuir a incidência e o impacto social dessas fraturas, a prevençäo das doenças associadas e as medidas para evitar acidentes domésticos em idosos seriam procedimentos efetivos e pouco dispendiosos, pois o conhecimento e a prevençäo dos fatores de risco evitariam a maior parte dos casos de fraturas.